Bilirrubinas
quarta-feira, 3 de julho de 2013
As bilirrubinas são restos da destruição das hemácias velhas e
defeituosas pelo baço. A bilirrubina produzida no baço é transportada
pelo sangue até o fígado, onde é processada e eliminada na bile. A bile é
jogada no intestino, participa da digestão, e posteriormente é
eliminada nas fezes (daí a cor marrom das fezes).
A bilirrubina do baço é chamada de bilirrubina indireta, enquanto que a transformada no fígado é a bilirrubina direta.

Nas
análises de sangue conseguimos dosar os dois tipos de bilirrubina. De
acordo com o tipo que se apresenta aumentado, podemos ter ideia da sua
causa.
Se, por exemplo, temos alguma doença que aumente a
destruição das hemácias (hemólise), teremos um aumento da bilirrubina
indireta no sangue. Do mesmo modo, se o nosso fígado encontra-se doente e
não funciona bem, a transformação de bilirrubina indireta em direta
fica prejudicada, causando o acumulo da primeira.
Algumas pessoas
apresentam alterações genéticas e são incapacidade de conjugar a
bilirrubina indireta em direta. A alteração mais comum é a síndrome de
Gilbert que está presente em até 7% da população. Frequentemente, essa
síndrome é descoberta por acaso ao se solicitar o hepatograma.
Por outro lado, temos os casos em que a bilirrubina é transformada em
direta, mas o fígado não consegue eliminá-la, fazendo com a mesma se
acumule no sangue. Isto pode ocorrer no casos de obstrução do colédoco,
seja por pedra ou por neoplasias. Em casos de hepatite aguda pode
ocorrer edema das vias biliares intra-hepáticas e dificuldade das
células do fígado em excretar a bilirrubina direta.
A bilirrubina
total é a soma da direta com a indireta. Toda vez que seu valor
sanguíneo for maior que 2 mg/dL, o paciente costuma apresentar-se com
icterícia, a manifestação clínica da deposição de bilirrubina na pele
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