ESTATINAS - Remédios para colesterol alto
sexta-feira, 5 de julho de 2013
Fonte mdsaude
As estatinas são atualmente os medicamentos mais usados para tratar o
colesterol alto. As estatinas existentes no mercado são: Sinvastatina,
Atorvastatina, Pravastatina, Rosuvastatina, Lovastatina, Fluvastatina e
Pitavastatina.
O que são as estatinas?
A nossa taxa de colesterol
sanguíneo tem duas origens: dieta e produção pelo fígado. As pessoas com
colesterol alto podem tê-lo devido a uma dieta rica em gordura ou
porque seu fígado produz mais colesterol do que o necessário.
As estatinas são cientificamente chamadas como inibidores da enzima HMG-CoA redutase.
A HMG-CoA redutase é uma das enzimas do fígado responsáveis pela
produção de colesterol. Dependendo da dose e do tipo de estatina usada, a
redução do colesterol LDL (colesterol ruim) pode ser superior a 60%. As
estatinas não são as únicas drogas disponíveis no mercado para tratar o
colesterol alto, porém, são as que apresentam os melhores resultados
nos estudos científicos. As estatinas comprovadamente inibem o acúmulo
de colesterol nas artérias, um processo chamado de aterosclerose, que a
longo prazo leva a doenças cardiovasculares graves, como infarto e AVC.
Melhores remédios para baixar colesterol
Além das
estatinas, há no mercado uma variedade de drogas indicadas para o
tratamento do colesterol alto, entre elas, Ezetimiba, colestiramina,
ácido nicotínico e fibratos. Todavia, nenhuma destas apresenta o mesmo
desempenho que as estatinas nos estudos científicos.
Mesmo entre
as estatinas, os resultados variam, havendo algumas drogas claramente
mais potentes que outras. A Rosuvastatina e a Atorvastatina são as duas
estatinas mais potentes, com maior capacidade de redução dos níveis do
colesterol LDL. Sinvastatina, Pravastatina e Pitavastatina têm potência
intermediária, enquanto a Fluvastatina e Lovastatina são as estatinas
menos potentes.
A Rosuvastatina e Atorvastatina também são as que
possuem melhores resultados na redução dos triglicerídeos e no aumento
do colesterol HDL (colesterol bom). Em relação ao HDL, doses elevadas de
Sinvastatinas também apresentam bons resultados.
Apesar dos diferentes resultados, todas
as estatinas são eficazes para reduzir o colesterol LDL e aumentar o
colesterol HDL. A Rosuvastatina e a Atorvastatina são as estatinas mais
eficazes, mas também as mais caras. Nem todo paciente precisa da droga
mais potente para controlar seu colesterol. Mesmo a Fluvastatina, que é a
menos potente das estatinas, quando em doses altas, pode conseguir
reduções de até 40% nos valores de colesterol LDL, o que é suficiente
para muitos pacientes.
O ideal é pesquisar bem os preços das
estatinas no mercado e conversar com o seu médico sobre qual é a melhor
opção para o seu caso individual. Nem todo mundo precisa da estatina
mais cara.
Em 2011 a ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) fez uma pesquisa sobre os preços da estatinas no
mercado.
Efeitos colaterais das estatinas
Além de ser o grupo de
medicamentos para baixar o colesterol com maior eficácia, as estatinas
também são as que apresentam menores taxas de efeitos colaterais. Isso,
porém, não significa que eles não ocorram. Entre os efeitos
potencialmente mais graves, podemos citar:
Lesão do fígado
Estudos
mostram que 0,5 a 1% dos pacientes que tomam uma estatina pode
apresentar sinais de lesão leve do fígado e 0,1% pode ter lesões mais
graves, como hepatite medicamentosa.
O diagnóstico da toxicidade hepática é feito através do doseamento das transaminases do sangue (TGO e TGP)Níveis elevados de TGO e TGP podem indicar lesão hepática provocada pelas estatinas.
As
lesões do fígado geralmente surgem nos primeiros 3 meses de tratamento
e, se forem discretas, costumam regredir espontaneamente, mesmo que o
tratamento não seja interrompido. Nas lesões hepáticas mais relevantes,
como no caso de elevação da TGO e da TGP em mais que 3 vezes o valor
normal, apenas redução da dose costuma ser suficiente. Na imensa maioria
dos casos, não é preciso suspender o tratamento definitivamente.
Pacientes com doença conhecida do fígado, como cirrose, devem evitar o uso de estatinas
Obs: a Fluvastatina parece ser a que mais frequentemente provoca alterações nos exames do fígado.
Lesão muscular
A
toxicidade dos músculos é outro efeito colateral possível das
estatinas. Cerca de 2% a 10% dos pacientes em uso de uma estatina podem
queixar-se de dor muscular ou câimbras0,5% aprestam miosite, que é uma inflamação do músculo, caraterizada
por dor e fraqueza em alguns grupamentos musculares, como nos músculos
da coxa. 0,1% apresenta rabdomiólise, que é uma lesão grave do músculo.
A Pravastatina e a Fluvastatina são as drogas que menos
causam lesão muscular. Nos pacientes com queixas de dor muscular e/ou
aumento dos níveis de CK sanguínea (CK é a enzima que aumenta nos casos
de lesão muscular), deve-se tentar reduzir a dose da estatina ou
trocá-la por uma destas duas menos tóxicas aos músculos.
Obs: pacientes com hipotireoidismo apresentam maior risco de lesão muscular pelas estatinas.
Não se indica solicitar exames para dosar TGO, TGP e CK de rotina em
pacientes que usam estatinas. Porém, antes do início do tratamento é
interessante saber quais são os valores basais do paciente para futura
comparação, caso seja necessário.
Diabetes mellitus
Nos
últimos anos tem havido uma crescente preocupação em relação ao aumento
de casos de diabetes provocados pelo uso das estatinas. O que se sabe
atualmente é que o risco é baixo e ocorre somente nos pacientes que
fazem uso de doses elevadas de estatinas. Nestes, a incidência de
diabetes parece ser de 0,2 a 0,1%.
Como tomar as estatinas
A produção de colesterol pelo
fígado parece ser mais intensa durante a madrugada, quando o indivíduo
está em jejum prolongado. Por isso, geralmente aconselhamos os pacientes
a tomar suas estatinas à noite. Todavia, as estatinas mais novas , como
a Atorvastatina e a Rosuvastatina, têm um tempo de ação mais prolongado
que a sinvastatina, podendo ser tomadas a qualquer hora do dia.
As
estatinas podem ser tomadas fora ou durantes as refeições, exceto pela
Lovastatina que deve ser tomada junto com os alimentos, pois estes
potencializam sua absorção.
As estatinas devem ser tomadas
diariamente. Em raros casos, o médico pode sugerir o uso em dias
alternados, principalmente nos pacientes que apresentam efeitos
colaterais. Aparentemente tomar uma estatina dia sim, dia não, só é
eficaz se a dose do comprimido for aumentada.
Apesar de na teoria
ser uma opção, não há estudos que provem que o uso de estatinas em dias
alternados tenha os mesmo resultados que o uso diário.
Interação medicamentosa
As estatinas podem interagir com vários outros medicamentos. O principal risco é o aumento dos casos de lesão muscular.
Os medicamentos que costumam ter interação com as estatinas são:
- Antirretrovirais usados no tratamento do HIV.
- Eritromicina.
- Itraconazol.
- Claritromicina.
- Ciclosporina.
- Diltiazem.
- Verapamil.
- Genfibrozila.
- Eritromicina.
- Itraconazol.
- Claritromicina.
- Ciclosporina.
- Diltiazem.
- Verapamil.
- Genfibrozila.
O consumo excessivo de álcool também aumenta o risco de lesão muscular e hepática pelas estatinas.
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