Quando o leite é o inimigo

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Fonte: http://www.einstein.br/einstein-saude/pagina-einstein/Paginas/quando-o-leite-e-o-inimigo.aspx

Diarreia, produção excessiva de gases, cólicas, distensão abdominal e desconforto, além de náuseas e vômitos. Esses sintomas – que podem ser leves ou severos – são associados a diversos problemas gástricos. Talvez por isso chegar ao diagnóstico de intolerância à lactose pode significar um longo caminho. De acordo com pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ao menos 40% da população brasileira possui algum desconforto causado pelo leite e seus derivados. A boa notícia é que ninguém precisa sofrer com isso, pois existe tratamento para o controle desse desconforto ao leite.
A intolerância se torna mais comum com o passar da idade. Ocorre quando o organismo não consegue digerir o leite e seus derivados. A causa é a falta ou uma produção insuficiente da enzima lactase, sintetizada no intestino delgado e responsável por quebrar a lactose (açúcar do leite) em dois tipos de açúcares mais simples — a glicose e a galactose —, para então serem absorvidos pelo organismo. Não tratar a intolerância à lactose não causa, necessariamente, um risco à vida, mas a sensação de desconforto se torna constante.
Existem alguns exames laboratoriais, de sangue ou mesmo de análise do DNA, que podem confirmar a produção insuficiente da enzima lactase. Atualmente, são conhecidos três tipos de intolerância: a causada por um defeito genético, mais rara e de ocorrência em recém-nascidos; aquela na qual há uma deficiência temporária na produção da enzima, comum no primeiro ano do bebê; e a que ocorre ao longo da vida, chamada de deficiência primária, causada por uma tendência natural à diminuição da produção da lactase.
Essa intolerância ao leite pode ocorrer com o avançar da idade, mas os tratamentos amenizam os sintomas
O tratamento, claro, vai depender se o problema é leve ou severo, e os caminhos a seguir são traçados pelo médico gastroenterologista em conjunto com um nutricionista. Em geral, retira-se a lactose ou o leite e derivados por um período para, depois, introduzi-los em pequenas quantidades, pois assim costumam ser bem tolerados por quem tem o problema. O leite é uma fonte de cálcio e fósforo extremamente importante. Seus nutrientes estão envolvidos na formação e manutenção dos ossos e dos dentes e fazem parte de processos importantes como a contração muscular, a coagulação do sangue, a transmissão de impulsos nervosos e a secreção de hormônios. Além da alimentação, o médico pode recomendar o uso da enzima lactase. Tratada de maneira adequada, a intolerância deixa de ser um incômodo.

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