SUPLEMENTOS DE CREATINA FAZEM MAL?

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Fonte mdsaude
Suplementos de creatina começaram a ser usados por desportistas no início da década de 1980, ganhando grande popularidade na década seguinte após extensa divulgação na mídia do seu uso por atletas ganhadores da medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona em 1992.
Atualmente nos E.U.A cerca de 50% dos atletas universitários, 25% dos jogadores de basquetebol da NBA e 50% dos profissionais do futebol americano, referem consumir creatina regularmente para otimização do desempenho esportivo.
Suplementos de creatinaÉ bom deixar claro que a creatina não é um esteroide anabolizante, popularmente conhecido como “bomba”Também não é considerado doping por nenhuma organização internacional, incluindo o comitê olímpico internacional.
Antes de falarmos dos efeitos deste suplemento, sejam eles benéficos ou não, vamos entender o que é a creatina e qual a lógica por trás do seu uso, seja na academia do seu bairro ou por desportistas em competições internacionais.



http://www.guiametabolica.org/sites/default/files/img_creatina/creatina_01_x500.png

O que é creatina?
A creatina é uma substância produzida a partir de 3 aminoácidos, estando presente em todos os animais vertebrados. Nosso corpo, sejamos atletas ou não, produz creatina através de proteínas consumidas na alimentação. A creatina é sintetizada nos rins e fígado, sendo transportada para ser armazenada nos músculos.
A principal função da creatina é fornecer energia para a contração dos músculos. Nas próximas linhas vou tentar simplificar um mecanismo fisiológico complexo. É importante ler com calma a próxima parte para pode entender por que a creatina funciona para alguns atletas e não para outros.
Como funciona a creatina?
Como todo mundo sabe, os nossos músculos precisam de energia para funcionar. Esforços explosivos com demanda de força máxima do músculo, como no levantamento de peso ou na corrida de 100 metros rasos, são feitos através de um sistema energético chamado de fosfagênio.
A energia para os chamados esforços explosivos é fornecida após uma reação química onde um nucleotídio (compostos ricos em energia) chamado adenosina trifosfato (ATP) perde uma molécula de fósforo virando adenosina difosfato (ADP). Cada vez que um ATP é transformado em um ADP, há liberação de uma quantidade de energia que é usada pelo músculo para se contrair.
Imagine-se agora em uma academia de musculação. Você está em repouso e seu músculo está repleto de ATP. Você então, começa a fazer um exercício muscular com algum peso. O seu ATP muscular começa a ser quebrado rapidamente em ADP, liberando energia para que o seu músculo aguente o peso. O seu esforço é tão grande que em poucos segundos você consome todo o seu ATP e, a partir de então, já não consegue mais levantar o peso proposto. Você agora precisa descansar um pouco e esperar que os músculos voltem a ficar repletos de ATP.
Mas aonde entra a creatina nesta história? A creatina é a substância que mais rapidamente consegue fornecer de volta a molécula de fósforo, transformando o ADP novamente em ATP.
O nome correto da creatina é fosfocreatina. Neste processo de restauração do ATP, a fosfocreatina perde sua molécula de fósforo sendo posteriormente transformada em creatinina, uma molécula sem função que acaba sendo eliminada na urina. Como a creatinina é completamente eliminada pelos rins, ela serve como um marcador da função renal. Quando a creatinina começa a se acumular no sangue significa que os rins não estão trabalhando bem.Creatina + ATP
Na verdade, em esforços grandes e explosivos todo o ATP muscular é consumido em aproximadamente 3 segundos. Graças a creatina o músculo consegue prolongar seus estoques de ATP por pelo menos 10 segundos. Após esse tempo toda a creatina disponível é convertida em creatinina, e o ADP já não é mais imediatamente convertido em ATP.
Surge então, o segundo modo de se produzir ATP, através do consumo dos estoques de glicose muscular (glicogênio) sem oxigênio. Este modo não restaura o ATP rápido o suficiente para exercícios de máxima utilização muscular que gastam ATP em ritmo frenético. Porém, para exercícios do tipo jogar futebol, nadar, ou corridas de média distância, ele é mais do que suficiente.
O terceiro e último modo de se criar energia é através do consumo de glicose com oxigênio. Este é o modo usado nas atividades aeróbicas, como correr, pedalar ou nadar em ritmo cadenciado. Nestas modalidades o consumo de ATP é bem mais lento e, por isso, sua reposição também pode ser mais lenta.
Na verdade sempre existe uma interposição entre os 3 sistemas. Quando se joga futebol, por exemplo, acabamos por utilizar os 3 mecanismos em momento diferentes da partida. Porém, essa é uma atividade que usa predominantemente o consumo de glicose como modo de se gerar ATP. Na musculação, onde os exercícios duram poucos segundos, usamos basicamente o sistema da creatina.
Suplementos de creatina funcionam?
Baseado no que foi explicado acima é fácil entender a lógica por trás da suplementação de creatina. Se houver mais creatina disponível no corpo, maior será o tempo que o sistema fosfagênio (ATP+creatina) consegue manter a geração de energia para atividades esportivas explosivas.
A história da creatina é muito bonita e faz todo o sentido, mas a ciência é feita com comprovação prática das teorias. E aí surgem as primeiras controvérsias.
Os primeiros trabalhos apresentavam resultados conflitantes. Enquanto alguns pesquisadores conseguiam demonstrar ganhos efetivos de massa muscular e rendimento com os suplementos de creatina, outros não conseguiam apresentar os mesmos resultados. Na verdade esses resultados discrepantes ocorriam porque existiam muitas diferenças entre os grupos analisados, seja na idade, tempo de treinamento, tipo de esporte praticado etc…
Atualmente, após quase 20 anos de investigação, já há algum consenso entre os pesquisadores. A creatina parece sim proporcionar real ganho de massa muscular quando associado a um programa rotineiro de musculação. Porém, até 20% da pessoas, não se sabe bem por que, não apresentam nenhum benefício com esse suplemento. Os efeitos em mulheres e homens mais velhos são menos evidentes.
Também não há evidências claras de benefícios para atividades que não usam predominantemente o sistema fosfagênio (ATP+creatina). Entre elas podemos citar: corrida (exceto 100 e 200 metros rasos), natação e ciclismo.
A creatina é normalmente vendida sob a forma de creatina monoidratada.
Efeitos colaterais da creatina
Um dos grandes atrativos da creatina é o rápido efeito visual do produto. Em 1 semana já há ganho de peso e algumas pessoas realmente parecem apresentar algum grau de hipertrofia muscular. Porém, um ganho tão rápido costuma indicar apenas retenção de líquidos, o que pode ocorrer em suplementos de creatina que possuem elevado teor de sódio.
Apesar de ainda não haver estudos definitivos, os suplementos de creatina, quando de boa qualidade e usados na dose recomendada, não parecem estar associados a nenhum efeito colateral importante em indivíduos saudáveis.
Já é comprovado cientificamente que excesso de aminoácidos e proteínas causam aceleração da perda de função dos rins em pacientes com insuficiência renal crônica por isso, o uso de creatina nestes pacientes é contraindicado. Na verdade, como ainda existem poucos estudos sobre a segurança dos suplementos de creatina, seu uso é  desaconselhado em pessoas que não sejam completamente saudáveis.Os efeitos colaterais mais comuns da creatina são náuseas, diarreias, câimbras e desidratação. Existe ainda a hipótese de uma relação entre o consumo de creatina e aumento na incidência de cálculos renais.
Em pessoas com asma, a creatina pode causar exacerbações da doença.
Conclusão em relação aos suplementos de creatina
A creatina proporciona sim, ganho de performance e massa muscular para atividades de explosão muscular anaeróbicas. Porém, é necessário um programa de treino regular. É importante frisar que o produto não é livre de efeitos colaterais, e não são todas as pessoas que conseguem obter vantagens com o seu consumo.
Atualmente o consenso é de que a creatina em doses até 20g por dia não faz mal a saúde, porém, ainda não há evidencias inequívocas de sua segurança a longo prazo. A creatina deve preferencialmente ser tomada com supervisão de um médico especializado em atividades esportivas e um profissional de educação física.
Formulações de baixa qualidade e pouco controle técnico podem apresentar impurezas potencialmente danosas ao organismo.


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SAL e Hipetensão Arterial

terça-feira, 9 de julho de 2013

Fonte mdsaude
O nosso famoso sal de cozinha é composto basicamente de cloreto de sódio (NaCl). É o principal vilão da hipertensão arterial. O problema não é exatamente o sal, mas sim o sódio presente nele. Entenda por que o sal aumenta a pressão arterial e faz mal à saúde.
Praticamente todos os meus pacientes, quando eu peço para reduzir o consumo, afirmam já comer pouco sal. 99% estão enganados. Se você vive no mundo ocidental e consome queijos, molho de tomate, comida congelada, come em restaurantes, consome fast food, biscoitos, comida enlatada e muitos outros alimentos facilmente encontrados nos supermercados, você tem uma dieta hiper sódica (excesso de sal). Você apenas não sabe disso porque seu paladar está adaptado a altas concentrações de sódio.
A quantidade máxima de sódio recomendada é de 2,4 gramas por dia, o equivalente a 6 gramas de sal. Para se ter uma ideia, aquele saquinho de sal, branco e quadradinho que existe em todo restaurante possui 1g de sal. Pacientes hipertensos, cirróticos, insuficientes renais crônicos ou com insuficiência cardíaca devem consumir menos de 1,5 grama de sódio/dia. A população ocidental consome em média de 9 a 15g de sal por dia.
Os efeitos do sal são diferentes em cada indivíduo, mas alguns grupos apresentam maior sensibilidade: negros, obesos e doentes renais crônicos.

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Além de provocar hipertensão, o sal também atrapalha o seu tratamento ao inativar alguns anti-hipertensivos. Isso acontece principalmente na família dos diuréticos e dos IECA (captopril e enalapril são os mais famosos).As populações que apresentam baixa ingestão de sódio praticamente não apresentam casos de hipertensão. Nossa dieta contém muito mais sódio do que o necessário. Temos um paladar que foi acostumado a grandes quantidades de sal desde a infância que não notamos o quanto nossa comida é salgada.
Além das consequências da hipertensão, o excesso de sódio também está relacionado a:
- AVC (derrames)
- Insuficiência renal
- Insuficiência cardíaca
- Câncer de estômago
- Pedras nos rins
- Diabetes
- Asma
- Osteoporose
Devido aos problemas do sódio, o chamado sal light, composto por cloreto de potássio (Kcl), vem ganhando adeptos. O nome light não é bom e causa confusão, pois o termo normalmente é dado a alimentos de baixo valor calórico. Na verdade o sal light, não é cloreto de potássio puro, ele é uma mistura com cloreto de sódio, porque o gosto do potássio é muito azedo.
Trabalhos científicos mostram que uma maior ingestão de potássio, ao contrário do sódio, protege contra a hipertensão. Alimentos industrializados costumam ser ricos em sódio e pobres em potássio, enquanto que nas frutas e nos vegetais ocorre o oposto.
Mas existe um risco. O potássio em grandes quantidades pode ser letal. Tanto que nos países com pena de morte, o medicamento usado nas injeções letais é o próprio cloreto de potássio, obviamente em quantidades muito elevadas.
Em geral quem controla as concentrações de potássio no nosso sangue são os rins. Se ingerirmos mais potássio que o necessário, o excesso sai na urina. O problema são os pacientes com doenças renais, que não conseguem controlar bem o potássio sanguíneo. Nesses, o KCl é contra-indicado. Pessoas com boa função dos rins não correm risco.
Como a hipertensão é causa de insuficiência renal, assim como, a insuficiência renal leva a hipertensão, não é incomum encontrarmos pacientes com as duas patologias ao mesmo tempo. Por isso, se você é hipertenso ou apresenta fator de risco para doença renal, dose sua creatinina antes de tomar suplementos que contenham potássio.
O ideal é cortar o sal da dieta, ingerir menos de 6 gramas por dia e associar a uma alimentação rica em frutas e verduras. O sal light faz menos mal que o sal comum, mas ainda contém, mesmo que em menor quantidade, cloreto de sódio. O mais importante é uma reeducação do paladar para não sentir tanta falta do sabor salgado.

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Infecção Urinária

domingo, 7 de julho de 2013

Fonte mdsaude
A infecção urinária é um termo amplo usado para descrever a infecção de alguma estrutura do sistema urinário. A infecção urinária pode acometer rins, bexiga ou uretra e é geralmente causada por uma bactéria.
  • Quando a infecção acomete os rins, o paciente apresenta um quadro chamado pielonefrite.
  • Quando a infecção acomete a bexiga, o paciente apresenta um quadro chamado cistite.
  • Quando a infecção acomete a uretra, o paciente apresenta um quadro chamado uretrite 

Sintomas da infecção urinária

Sintomas da infecção urinária 1# – Dor para urinar (disúria)

Infecção urinária

Infecção urinária
A dor para urinar, chamada de disúria, é talvez o sintoma de infecção urinária mais comum. A disúria é um termo que engloba diferentes queixas durante a micção, como dor, ardência, queimação, incômodo ou sensação de peso na bexiga. A disúria é um sintoma muito comum na cistite e na uretrite, podendo ocorrer eventualmente na pielonefrite.
A disúria é causada pela irritação da bexiga e da uretra causada pela infecção.
Temos um texto específico sobre disúria e suas causas: DISÚRIA | DOR AO URINAR
Sintomas da infecção urinária 2# – Sangue na urina (hematúria)
A presença de sangue na urina é chamada de hematúria. Sangue na urina é o sinal de infecção urinária que mais assusta os pacientes, mas geralmente não é um sinal de gravidade. A hematúria pode ser macroscópica quando é facilmente notada na urina, ou microscópica quando só é detectada através de exames laboratoriais.
É hematúria é um sintoma comum na cistite, também podendo surgir na pielonefrite ou na uretrite. Assim como a disúria, a presença de sangue surge pela irritação da bexiga e da uretra.
Sintomas da infecção urinária 3# – Febre
Quando se pensa em infecção, a febre é sempre um dos sinais que  vêm à mente. Na infecção urinária, entretanto, a febre só costuma surgir nos casos de pielonefrite. Cistite não costuma causar febre, quando o faz, geralmente é abaixo dos 38ºC. A febre também não é comum na uretrite, exceto nos casos mais graves, onde há disseminação da bactéria para a corrente sanguínea.
Na pielonefrite a febre costuma ser alta, maior que 38ºC, e é frequentemente acompanhada de calafrios. A febre alta é o sinal que costuma diferenciar a pielonefrite das outras causas de infecção urinária.
Sintomas da infecção urinária 4# – Vontade constante de urinar
Sentir necessidade de urinar a toda hora também é um sintoma comum da cistite e recebe o nome de polaciúria. O paciente sente vontade urinar com frequência, porém o volume de urina a cada micção é pequeno. Muitas vezes há uma sensação de esvaziamento incompleto da bexiga; sente-se que ainda há urina  mas ela simplesmente não sai. Na verdade, a bexiga está vazia, mas como encontra-se irritada, o paciente tem a falsa impressão de que precisa urinar.
Além da vontade constante de urinar, o paciente pode ter dificuldade em segurar a urina. A vontade de urinar surge mas o indivíduo não consegue chegar a tempo ao banheiro, perdendo urina involuntariamente.
Sintomas da infecção urinária 5# – Corrimento uretral
A saída de pus pela uretra é um sinal típico das uretrites, sendo quase sempre causada por uma doença sexualmente transmissível O corrimento uretral vem frequentemente acompanhado de disúria.
Tanto a cistite quanto a pielonefrite não provocam corrimento uretral, este é um sintoma típico de infecção da uretra.
Sintomas da infecção urinária 6# – Náuseas e vômitos
Náuseas e vômitos são sintomas comuns na pielonefrite e costumam aparecer junto com a febre. A cistite pode causar um mal estar, mas não costuma provocar vômitos. A perda do apetite também é frequente na pielonefrite. Assim como a febre, náuseas e vômitos só costumam surgir nas uretrites em casos de doença mais avançada.
Sintomas da infecção urinária 7# – Dor lombar
A dor lombar, geralmente mais intensa de um lado, é outro sintoma comum da pielonefrite. Na verdade, são poucas as doenças que fazem o rim doer; a pielonefrite é uma delas. A cistite também pode causar uma leve dor lombar, mas é habitualmente bem menos intensa que na pielonefrite.
Resumindo os sintomas de infecção do trato urinário e sua origem:

Principais sintomas da cistite:

  • Ardência, dor ou desconforto para urinar.
  • Sangue na urina.
  • Vontade constante de urinar, mesmo com a bexiga vazia (ou quase vazia).
  • Sensação de peso na bexiga.
  • Urgência urinária (não conseguir segurar a urina até chegar ao banheiro).

Principais sintomas da pielonefrite:

  • Febre alta.
  • Calafrios.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dor lombar.
  • Prostração.
  • Desorientação (mais comum nos idosos).
  • Sangue na urina.

Principais sintomas da uretrite:

  • Corrimento purulento pela uretra.
  • Ardência para urinar.
  • Sangue no sémen.
  • Incômodo nos órgãos genitais.
  • Dor durante o sexo.
  • Sangue na urina.

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ESTATINAS - Remédios para colesterol alto

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Fonte mdsaude
As estatinas são atualmente os medicamentos mais usados para tratar o colesterol alto. As estatinas existentes no mercado são: Sinvastatina, Atorvastatina, Pravastatina, Rosuvastatina, Lovastatina, Fluvastatina e Pitavastatina.
O que são as estatinas?
A nossa taxa de colesterol sanguíneo tem duas origens: dieta e produção pelo fígado. As pessoas com colesterol alto podem tê-lo devido a uma dieta rica em gordura ou porque seu fígado produz mais colesterol do que o necessário.
As estatinas são cientificamente chamadas como inibidores da enzima HMG-CoA redutase. A HMG-CoA redutase é uma das enzimas do fígado responsáveis pela produção de colesterol. Dependendo da dose e do tipo de estatina usada, a redução do colesterol LDL (colesterol ruim) pode ser superior a 60%. As estatinas não são as únicas drogas disponíveis no mercado para tratar o colesterol alto, porém, são as que apresentam os melhores resultados nos estudos científicos. As estatinas comprovadamente inibem o acúmulo de colesterol nas artérias, um processo chamado de aterosclerose, que a longo prazo leva a doenças cardiovasculares graves, como infarto e AVC.

 http://www.medicinapreventiva.com.ve/articulos/imagenes/estatina.jpg


Melhores remédios para baixar colesterol
Além das estatinas, há no mercado uma variedade de drogas indicadas para o tratamento do colesterol alto, entre elas, Ezetimiba, colestiramina, ácido nicotínico e fibratos. Todavia, nenhuma destas apresenta o mesmo desempenho que as estatinas nos estudos científicos.
Mesmo entre as estatinas, os resultados variam, havendo algumas drogas claramente mais potentes que outras. A Rosuvastatina e a Atorvastatina são as duas estatinas mais potentes, com maior capacidade de redução dos níveis do colesterol LDL. Sinvastatina, Pravastatina e Pitavastatina têm potência intermediária, enquanto a Fluvastatina e Lovastatina são as estatinas menos potentes.
A Rosuvastatina e Atorvastatina também são as que possuem melhores resultados na redução dos triglicerídeos e no aumento do colesterol HDL (colesterol bom). Em relação ao HDL, doses elevadas de Sinvastatinas também apresentam bons resultados.
Apesar dos diferentes resultados, todas as estatinas são eficazes para reduzir o colesterol LDL e aumentar o colesterol HDL. A Rosuvastatina e a Atorvastatina são as estatinas mais eficazes, mas também as mais caras. Nem todo paciente precisa da droga mais potente para controlar seu colesterol. Mesmo a Fluvastatina, que é a menos potente das estatinas, quando em doses altas, pode conseguir reduções de até 40% nos valores de colesterol LDL, o que é suficiente para muitos pacientes.
O ideal é pesquisar bem os preços das estatinas no mercado e conversar com o seu médico sobre qual é a melhor opção para o seu caso individual. Nem todo mundo precisa da estatina mais cara.
Em 2011 a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fez uma pesquisa sobre os preços da estatinas no mercado.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhohD1p5Hh8Ks6D42SC8NhyRs-EQZDtbpZCCgspXo0NQOO3Y4KBQnvcSIW8IoyU0qsgRITVMb9kFxJCUC0tKtvMMRt09nutINStQLpfNIGvBW2nt1JdrqoeU3UXAgEhIZ4xW9BPByyCy1o/s1600/Estatinas.jpg

Efeitos colaterais das estatinas
Além de ser o grupo de medicamentos para baixar o colesterol com maior eficácia, as estatinas também são as que apresentam menores taxas de efeitos colaterais. Isso, porém, não significa que eles não ocorram. Entre os efeitos potencialmente mais graves, podemos citar:
Lesão do fígado
Estudos mostram que 0,5 a 1% dos pacientes que tomam uma estatina pode apresentar sinais de lesão leve do fígado e 0,1% pode ter lesões mais graves, como hepatite medicamentosa.
O diagnóstico da toxicidade hepática é feito através do doseamento das transaminases do sangue (TGO e TGP)Níveis elevados de TGO e TGP podem indicar lesão hepática provocada pelas estatinas.
As lesões do fígado geralmente surgem nos primeiros 3 meses de tratamento e, se forem discretas, costumam regredir espontaneamente, mesmo que o tratamento não seja interrompido. Nas lesões hepáticas mais relevantes, como no caso de elevação da TGO e da TGP em mais que 3 vezes o valor normal, apenas redução da dose costuma ser suficiente. Na imensa maioria dos casos, não é preciso suspender o tratamento definitivamente.
Pacientes com doença conhecida do fígado, como cirrose, devem evitar o uso de estatinas
Obs: a Fluvastatina parece ser a que mais frequentemente provoca alterações nos exames do fígado.
Lesão muscular
A toxicidade dos músculos é outro efeito colateral possível das estatinas. Cerca de 2% a 10% dos pacientes em uso de uma estatina podem queixar-se de dor muscular ou câimbras0,5% aprestam miosite, que é uma inflamação do músculo, caraterizada por dor e fraqueza em alguns grupamentos musculares, como nos músculos da coxa. 0,1% apresenta rabdomiólise, que é uma lesão grave do músculo.
A Pravastatina e a Fluvastatina são as drogas que menos causam lesão muscular. Nos pacientes com queixas de dor muscular e/ou aumento dos níveis de CK sanguínea (CK é a enzima que aumenta nos casos de lesão muscular), deve-se tentar reduzir a dose da estatina ou trocá-la por uma destas duas menos tóxicas aos músculos.
Obs: pacientes com hipotireoidismo apresentam maior risco de lesão muscular pelas estatinas.
Não se indica solicitar exames para dosar TGO, TGP e CK de rotina em pacientes que usam estatinas. Porém, antes do início do tratamento é interessante saber quais são os valores basais do paciente para futura comparação, caso seja necessário.
Diabetes mellitus
Nos últimos anos tem havido uma crescente preocupação em relação ao aumento de casos de diabetes provocados pelo uso das estatinas. O que se sabe atualmente é que o risco é baixo e ocorre somente nos pacientes que fazem uso de doses elevadas de estatinas. Nestes, a incidência de diabetes parece ser de 0,2 a 0,1%.
Como tomar as estatinas
A produção de colesterol pelo fígado parece ser mais intensa durante a madrugada, quando o indivíduo está em jejum prolongado. Por isso, geralmente aconselhamos os pacientes a tomar suas estatinas à noite. Todavia, as estatinas mais novas , como a Atorvastatina e a Rosuvastatina, têm um tempo de ação mais prolongado que a sinvastatina, podendo ser tomadas a qualquer hora do dia.
As estatinas podem ser tomadas fora ou durantes as refeições, exceto pela Lovastatina que deve ser tomada junto com os alimentos, pois estes potencializam sua absorção.
As estatinas devem ser tomadas diariamente. Em raros casos, o médico pode sugerir o uso em dias alternados, principalmente nos pacientes que apresentam efeitos colaterais. Aparentemente tomar uma estatina dia sim, dia não, só é eficaz se a dose do comprimido for aumentada.
Apesar de na teoria ser uma opção, não há estudos que provem que o uso de estatinas em dias alternados tenha os mesmo resultados que o uso diário.
Interação medicamentosa
As estatinas podem interagir com vários outros medicamentos. O principal risco é o aumento dos casos de lesão muscular.
Os medicamentos que costumam ter interação com as estatinas são:
- Antirretrovirais usados no tratamento do HIV.
- Eritromicina.
- Itraconazol.
- Claritromicina.
- Ciclosporina.
- Diltiazem.
- Verapamil.
- Genfibrozila.
O consumo excessivo de álcool também aumenta o risco de lesão muscular e hepática pelas estatinas.

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HIPERTENSÃO ARTERIAL (PRESSÃO ALTA)

Fonte mdsaude
A hipertensão arterial, chamada popularmente de pressão alta, é uma doença que atinge cerca de 1/3 da população adulta. Atualmente definimos a hipertensão arterial de dois modos, de acordo com suas causas: hipertensão essencial (ou primária) e hipertensão secundária.Pressão arterial
Causas de hipertensão arterial
Como foi dito na introdução, a hipertensão possui duas categorias: hipertensão essencial e hipertensão secundária.
A hipertensão essencial, também chamada de hipertensão primária, é aquela que surge sem causa esclarecida, enquanto que a hipertensão secundária é aquela que ocorre devido a uma doença identificável, como insuficiência renal, apneia do sono, hipotireoidismo etc.

http://kenkopatto.com.br/assets/quadro-hipertensao.jpg 
 
1.) Hipertensão arterial essencial (primária)
A hipertensão primária é a causa da pressão alta em 95% dos pacientes. Sim, é isso mesmo, praticamente todos os casos de pressão alta são causados pelo que definimos como hipertensão essencial.
Não se sabe exatamente por que a hipertensão primária surge, mas sabe-se que ela é causada por múltiplos fatores genéticos e de hábitos de vida. Sabe-se que entre os mecanismos responsáveis pela elevação da pressão arterial na hipertensão primária estão um aumento de absorção de sal pelos rins, uma excessiva resposta dos vasos sanguíneos a estímulos nervosos mediados por neurotransmissores, como a adrenalina, e uma perda de elasticidade das artérias, tornando-as mais rígidas.
A hipertensão essencial geralmente surge gradativamente, piorando ao longo dos anos. O porquê destas alterações surgirem em determinadas pessoas ainda é desconhecido, mas já conseguimos identificar alguns fatores de risco para a hipertensão essencial.
Fatores de risco para hipertensão arterial
- Afrodescendência: ainda não se sabe bem por que negros têm uma incidência de hipertensão essencial maior que outras etnias, mas o fato é que afrodescendentes não só têm mais hipertensão, como ela inicia-se mais cedo e costuma causar mais complicações. Acredita-se que haja uma interação de fatores genéticos e econômicos por trás desta incidência maior. Negros costumam ter uma pressão arterial mais sensível ao consumo de sal, e como na nossa desigual sociedade há muitos negros pobres, a qualidade da alimentação destes costuma ser ruim, havendo grande consumo de alimentos hipercalóricos e ricos em sal.
- História familiar: a influência genética na hipertensão primária é muito conhecida. Quanto mais parentes portadores de pressão alta você tiver, maiores são suas chances de também desenvolver hipertensão arterial. Pessoas com pelo menos um parente de primeiro grau hipertenso têm o dobro de chances de desenvolver pressão alta quando comparado com pessoas sem história familiar.
- Consumo de sal: a hipertensão arterial essencial é uma doença típica das sociedades do mundo ocidental que habitualmente consomem muito sal. Pessoas que ingerem mais de 6g de sal por dia (ou 2,3g de sódio) apresentam maior risco de terem pressão alta. O sal aumenta a pressão arterial por induzir duas alterações nos vasos sanguíneos: a.) o sal (cloreto de sódio) aumenta o volume de líquidos dentro dos vasos, pois para o sangue não ficar com níveis altos de sódio, os rins absorvem mais água para dilui-lo; b.) o sódio age diretamente nas paredes das artérias causando um constrição das mesmas, levando a um aumento da resistência (pressão) à passagem do sangue e uma menor capacidade de vasodilatação.
- Obesidade: o excesso de peso é outro importante fator de risco para a hipertensão arterial. Pessoas obesas (IMC maior que 30) para entender o conceito de IMC) apresentam até 6x mais chances de apresentarem pressão alta do que indivíduos com IMC abaixo de 25. Além do excesso de peso, o tamanho da circunferência abdominal também é um fator de risco importante. A barriguinha (barrigona em muitos casos) não é só esteticamente indesejável, ela é também um fator de risco para diversas doenças, entre elas a hipertensão.
- Consumo de álcool: O consumo diário de mais de 2 copos de vinho ou 2 copos de cerveja, ou o equivalente em álcool de qualquer outra bebida, aumenta em 2x o risco de hipertensão. Quanto maior o volume regular de álcool ingerido, maior é o risco. Por outro lado, o consumo moderado de álcool, isto é, consumo não diário e não maior do que 2 drinks ao dia, não parece ter efeitos maléficos sobre a pressão arterial .
- Idade: quanto mais velha é a pessoa, maior o risco de desenvolver hipertensão. Isto ocorre porque com o passar dos anos os vasos sanguíneos vão sofrendo um processo chamado de arteriosclerose, que é o endurecimento da parede das artérias, fazendo com que as mesmas percam elasticidade e capacidade de se acomodar de acordo com as variações da pressão arterial. A hipertensão do idoso é tipicamente sistólica, isto é, a pressão máxima (pressão sistólica) fica alta e a pressão mínima (pressão diastólica) fica baixa.
- Colesterol alto: o colesterol elevado aumenta a deposição de gordura nas artérias, um processo chamado de aterosclerose. A aterosclerose é uma das principais causas de arteriosclerose, explicada no tópico acima.
- Sedentarismo: a falta de exercício físico também é outro importante fator de risco para hipertensão arterial. A prática regular de exercícios diminui os níveis circulantes de adrenalina, que causa constrição das artérias, e aumenta a liberação de endorfinas e óxido nítrico, que causam vasodilatação. Além disso, o sedentarismo contribui para o sobrepeso e aumento do colesterol.
- Tabagismo: O cigarro não só causa aumento imediato da pressão arterial por ação vasoconstritora da nicotina, mas também acelera o mecanismo de arteriosclerose, deixando os vasos duros e rígidos. O fumo passivo também é fator de risco para hipertensão arterial.
- Anticoncepcionais orais (ACO):  a pílula anticoncepcional costuma aumentar a pressão arterial de modo discreto, porém, em algumas mulheres, principalmente as fumantes com mais de 25 anos, os ACO podem levar à hipertensão.
O que foi listado acima são apenas fatores de risco para hipertensão, ou seja, fatores que aumentam a chances de um indivíduo apresentar pressão alta. Nenhum dos fatores acima sozinho é capaz de causar hipertensão arterial. Como já dito, os mecanismos de desenvolvimento da hipertensão primária ainda não estão totalmente elucidados.
2.) Hipertensão arterial secundária
Ao contrário da hipertensão essencial onde há fatores de risco identificados, mas não há uma causa claramente estabelecida, a hipertensão secundária é por definição aquela que tem uma causa bem definida. O paciente tem uma doença que leva à hipertensão. São várias as doenças que podem causar hipertensão secundária, mas todas juntas representam apenas 5% do total de casos de hipertensão. Isto é importante frisar: 95% dos casos de hipertensão arterial são primárias.
Ao contrário da hipertensão essencial que costuma piorar progressivamente, a hipertensão secundária costuma ter inicio abrupto, iniciando-se já com níveis pressóricos altos.
Como o rim é o principal controlador do volume de água e de sódio do organismo, as doenças renais são causas comuns de hipertensão secundária. A seguir listarei as principais causas de hipertensão secundária. Escreverei um texto especifico para cada uma dessas doenças posteriormente.
Insuficiência renal crônica
A insuficiência renal é uma das principais causas de hipertensão secundária. Quando os rins começam a falhar, o corpo passa a ter dificuldade em excretar o excesso de sal e líquidos consumidos, levando a um aumento da pressão arterial. Cerca de 85% dos pacientes com insuficiência renal crônica têm hipertensão.
É importante salientar que a insuficiência renal causa aumento da pressão arterial, mas também pode ser causada pela hipertensão. Uma pressão constantemente elevada durante anos costuma causar lesão dos vasos e dos glomérulos dos rins, podendo levar à insuficiência renal. O paciente passa então a apresentar um mecanismo de auto-alimentação: a hipertensão causa lesão nos rins que por sua vez causa piora da pressão arterial. Quanto mais a insuficiência renal progride, mais grave torna-se a hipertensão.
- Glomerulonefrite  
O glomérulo está para o rim como o neurônio está para o cérebro. São os glomérulos que possuem os filtros responsáveis pela “limpeza” do sangue. Chamamos de glomerulonefrite o grupo de doenças que causa inflamação dos glomérulos. São várias as doenças que causam glomerulonefrite e quase todas apresentam hipertensão como parte do seu quadro clínico.
- Rins policísticos
A doença policística renal é outra causa de hipertensão secundária. A expansão dos cistos provoca um aumento da liberação de um hormônio chamado renina, que causa maior absorção de sódio nos túbulos renais, aumentando assim o risco de hipertensão. Pacientes com rins policísticos podem ter hipertensão mesmo quando ainda não apresentam alterações detectáveis da função renal.
- Estenose da artéria renal
Estenose é o termo que usamos para indicar um estreitamento em uma artéria. A estenose da artéria renal causa uma diminuição no aporte e sangue para o rim. Como a pressão do sangue que chega ao rim está muito baixa, este imagina que a pressão está baixa em todo corpo e passa a reter mais sal e líquidos para compensar esta falsa hipotensão.
- Feocromocitoma
O feocromocitoma é um tumor maligno da glândula supra-renal produtor de adrenalina. Este excesso de adrenalina pode levar à hipertensão.
- Aldosteronismo primário
Geralmente causado por tumor benigno da supra-renal ou por um crescimento anormal de toda a glândula, causa hipertensão devido a uma maior produção de um hormônio chamado aldosterona, que age no rim aumentando a absorção de sódio nos túbulos renais.
- Síndrome de Cushing
A síndrome de Cushing é uma doença causada por excesso de corticoides no organismo, seja por produção exagerada da glândula supra-renal, seja por ingestão excessiva de corticoides sintéticos para tratamento de algumas doenças.
Apneia obstrutiva do sono
A apneia obstrutiva do sono é uma doença que ocorre principalmente em obesos e se caracteriza por períodos de apneia (ausência de respiração) durante o sono. 50% dos pacientes apresentam hipertensão que costuma estar mais elevada no período da manhã, ao contrário do que ocorre em outras causas de hipertensão.
- Doenças da tireoide
Tanto o hipotireoidismo  quanto o hipertireoidismo podem cursar com hipertensão arterial.

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12 sintomas do Fígado

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Fonte mdsaude
O fígado é uma grande órgão, localizado à direita da cavidade abdominal, responsável por diversas funções vitais no nosso organismo. O fígado pode ser acometido por várias doenças distintas, entre as mais comuns podemos citar as hepatites, cirrose, esteatose e o câncer. Muitas das doenças hepáticas compartilham sintomas em comum, pois apesar de terem origens distintas, acabam comprometendo as mesmas funções do fígado.
O que é o fígado?
O fígado é um grande órgão localizado no quadrante superior direito do abdômen, logo abaixo do diafragma.
O fígado é um órgão vital, responsável por inúmeras funções no nosso organismo. Entre os papéis que o fígado exerce, podemos citar a produção de enzimas digestivas, proteínas, fatores da coagulação, colesterol, glicose e diversas outras substâncias. O fígado também é responsável pela metabolização de todos os nutrientes absorvidos pelos intestinos, assim como pela limpeza de toxinas circulantes.
 
 
Fígado 

Por desempenhar diversas funções no organismo, as doenças do fígado podem apresentar uma grande variedade de sintomas. Vamos abordar a seguir os 12 sinais e sintomas mais típicos de problemas no fígado, explicando resumidamente por que eles surgem.
O que é a veia porta?
Antes de continuarmos como artigo, é importante explicar o que é a veia porta hepática, já que grande parte dos sintomas de doenças do fígado são provocadas por uma obstrução desta veia.
A veia porta, ou sistema porta hepático, é uma grande veia localizada na entrada no fígado, responsável por drenar o sangue vindo do sistema gastrointestinal. Todo o sangue do estômago, baço, pâncreas e intestinos passa pela veia porta e pelo fígado antes de retornar para o coração. Deste modo, toda substância ingerida e absorvida no trato gastrointestinal obrigatoriamente passa primeiro pelo fígado antes de alcançar o resto do organismo.
Nos casos de doença hepática grave, principalmente na cirrose, o fígado sofre um processo de fibrose (cicatrização e enrijecimento do tecido hepático) que pode causar obstrução da veia porta, dificultando a chegada do sangue por este grande vaso. O sangue vindo dos órgãos digestivos precisa passar pela veia porta e pelo fígado antes de continuar seu trajeto em direção ao coração. Se a veia porta estiver obstruída, haverá um grande congestionamento de sangue e um aumento da pressão, não só na veia porta como em todas as veias do trato gastrointestinal. Este quadro é chamado de hipertensão portal e é responsável por vários dos sinais e sintomas que serão explicados a seguir.
Sintomas do fígado 1# – Sintomas gerais
Pacientes com lesões no fígado costumam apresentar um variedade de sintomas gerais e inespecíficos, que incluem náuseas, perda do apetite, desânimo e emagrecimento. Nos casos de hepatite aguda, o paciente pode também apresentar febre, o que colabora ainda mais para o surgimento deste mal estar.
Um gosto amargo na boca é um sintoma popularmente atribuído a problemas do fígado, mas é uma queixa muito inespecífica, que pode ser desencadeada por varias outras causas, como refluxo, gastrite, lesões dos dentes, lesões na gengiva, infecções na faringe ou amígdalas, desidratação, jejum prolongado, medicamentos, cigarro… Se o paciente não apresentar nenhum outro sintoma, é pouco provável que a sensação de boca amarga seja um sinal de problema hepático relevante.
Sintomas do fígado 2# – Cansaço
Um sintoma frequente em qualquer tipo de doença hepática é a fadiga ou cansaço fácil. Esta falta de energia acomete pacientes com hepatite, cirrose e até esteatose hepática. Quanto mais avançada for a lesão no fígado, mais inapetência o paciente sente.
Sintomas do fígado 3# – Ascite
A ascite é o nome dado ao acúmulo de líquidos dentro da cavidade abdominal, conhecido popularmente como barriga d’água. A ascite é um sintoma típico da cirrose hepática e ocorre frequentemente quando o paciente apresenta hipertensão portal.
Além da cirrose, a esquistossomose é outra doença que costuma acometer o fígado e provocar hipertensão portal e ascite
A ascite surge porque o sangue represado e a elevada pressão dentro das veias do trato gastrointestinal provocam uma translocação de água para fora dos vasos sanguíneos, levando ao acúmulo de líquido dentro da cavidade abdominal. É como se os vasos sanguíneos começassem a sorar água.
A ascite é uma manifestação típica de doença do fígado, mas pode também ocorrer em doenças de outros órgãos, como na insuficiência cardíaca descompensadae na síndrome nefrótica.
Sintomas do fígado 4# – Circulação colateral

Circulação colateral e ascite na cirrose
Circulação colateral e ascite

Quando há uma obstrução à passagem do sangue pela veia porta, o corpo precisa encontrar outra maneira deste sangue retornar para o coração. Se o caminho natural está fechado, é preciso arranjar um desvio; é isso que o organismo faz. O sangue passa a voltar em grande quantidade por veias colaterais, que em pessoas saudáveis escoam apenas pequenos volumes de sangue.
O desvio de grande quantidade de sangue para as veias colaterais faz com estas se dilatem, ficando bem aparentes ao exame do abdômen. Na foto ao lado, há o exemplo de um paciente com ascite e exuberante circulação colateral, dois sinais típicos da hipertensão portal.
Sintomas do fígado 5# – Sangramento digestivo
A obstrução da veia porta causa um aumento de pressão por todo os sistema venoso do sistema digestivo, incluindo as veias do estômago e do esôfago. Este aumento da pressão provoca varizes nestes órgãos, facilitando a ocorrência de sangramentos.
A hemorragia digestiva por sangramento de varizes do esôfago é uma manifestação típica de cirrose hepática em fases avançadas. O paciente apresenta subitamente quadro de vômitos hemorrágicos, podendo perder grande quantidade de sangue nestes episódios.
O aumento da pressão no sistema digestivo também acomete as veias dos intestinos e do reto, provocando um aumento da incidência de hemorroidas e de sangramento anal.
Sintomas do fígado 6# – Encefalopatia
A encefalopatia é o nome dado a uma disfunção das funções cerebrais básicas. A encefalopatia hepática, como o próprio nome diz, é a alteração das funções cerebrais que ocorre nos pacientes com falência do fígado.
Um dos objetivos do sistema porta hepático é fazer com que toda substância digerida e absorvida no trato digestivo passe obrigatoriamente pelo fígado antes de seguir para o resto da circulação sanguínea. Algumas substâncias que ingerimos, principalmente proteínas de origem animal, são tóxicas e precisam ser metabolizadas pelo fígado antes de poderem ser aproveitadas pelo organismo. Nos casos de hipertensão portal, o sangue segue seu caminho pelas veias colaterais e diversas substâncias tóxicas acabam não sendo metabolizadas pelo fígado antes de se espalharem pelo corpo.
Além da hipertensão portal, quadro de insuficiência hepática aguda, como nas hepatites graves, podem causar uma falência aguda das funções fígado, fazendo com que o mesmo perca a capacidade de  neutralizar substâncias tóxicas.
A encefalopatia hepática é o resultado da ação destas toxinas sobre o cérebro. Dependendo do grau de insuficiência hepática ou hipertensão portal o paciente pode apresentar desde quadros leves, com letargia, irritabilidade e dificuldade de concentração, até encefalopatia grave, com redução do nível de consciência e coma.
Sintomas do fígado 7# – Icterícia
Icterícia é nome dado à coloração amarelada da pele, olhos e mucosas, que surge devido ao acúmulo de bilirrubina no sangue.
A bilirrubina é uma substância produzida no baço a partir da destruição de glóbulos vermelhos velhos. Um dos papéis do fígado é captar esta bilirrubina do sangue,  metabolizá-la e excretá-la em direção às vias biliares e intestinos, eliminado-a pelas fezes.
Quando o fígado encontra-se doente, o mesmo perde a capacidade de metabolizar e/ou eliminar a bilirrubina que é constantemente produzida pelo baço. Nesta situação há acumulo de bilirrubina no sangue e deposição do excesso na pele, o que provoca a aparência amarelada da mesma. A icterícia vem frequentemente associada à coceira, pois a bilirrubina depositada na pele causa irritação das terminações nervosas.

icterícia 

Dois outros sinais costumam ocorrer junto com a icterícia: fezes claras (acolia fecal) e urina muito escura. A bilirrubina é a responsável pela coloração marrom das fezes. Se por algum motivo a bilirrubina não estiver sendo excretada em direção aos intestinos, a fezes deixarão de ter sua coloração habitual, tornando-se bem mais claras. Já a urina escura, cor de Coca-Cola ou Mate, ocorre pela filtração do excesso de bilirrubina circulante no sangue pelos rins, que acaba sendo excretado pela urina.
Várias doenças do fígado podem causar icterícia, as mais comuns são as hepatites e a cirrose. A icterícia também pode ocorrer em doenças das vias biliares, em infecções como malária ou leptospirose em casos de hemólise (destruição maciça de glóbulos vermelhos) ou por reação adversa a alguns remédios. Portanto, a ictérica é um sinal típico de doenças do fígado, porém não é um sinal exclusivo de problemas hepáticos.
Sintomas do fígado 8# – Manchas roxas na pele
O paciente com doença hepática pode apresentar uma maior facilidade em desenvolver equimoses (manchas roxas na pele) e sangramentos após traumas de pequena intensidade. Isto ocorre porque o fígado é responsável pela produção de proteínas que participam do sistema de coagulação do sangue. Pacientes com doença hepática podem ter deficiência da coagulação, apresentando sangramentos com maior facilidade.
Além da deficiência dos fatores de coagulação, que pode ocorrer em qualquer situação de mal funcionamento do fígado, os pacientes com cirrose e hipertensão portal frequentemente apresentam também uma número baixo de plaquetas, o que é mais um fator que colabora para uma maior dificuldade em coagular o sangue.
Sintomas do fígado 9# – Ginecomastia
Ginecomastia é o nome que se dá ao desenvolvimento de mamas nos homens. Pacientes do sexo masculino com cirrose frequentemente apresentam ginecomastia. As causas ainda não estão bem elucidadas, mas acredita-se que seja por causa da elevação da concentração de estrogênio no sangue, que ocorre tanto pelo aumento da produção, como pela redução da metabolização deste hormônio feminino pelo fígado.
Outro fator importante para o surgimento da ginecomastia é o uso habitual do diurético espironolactona, indicado no tratamento da ascite nos pacientes com cirrose. Um dos efeitos colaterais mais comuns da espironolactona é a ginecomastia, que pode ocorrer mesmo quando usada em pacientes sem doença do fígado.
Sintomas do fígado 10# – Teleangiectasias

Teleangiectasia

As teleangiectasias, também chamadas de aranhas vasculares, são lesões vasculares compostas de uma arteríola central rodeado por muitos vasos pequenos. As teleangiectasias são mais frequentemente encontradas no tronco, face e braços.
A origem das aranhas vasculares não está completamente desvendada, acredita-se, porém, que essas lesões resultem de alterações no metabolismo de hormônios sexuais, principalmente do estrogênio.
As teleangiectasias são muito comuns na cirrose, mas podem também ser vistas durante a gravidez ou em pessoas saudáveis​​. Nestes dois casos as lesões costumam ser pequenas e em número menor que três. Na cirrose, quanto mais avançada é a doença, maior costuma ser o tamanho e o número das aranhas vasculares presentes.
Sintomas do fígado 11# – Eritema palmar
Eritema palmar é o nome dado a uma palma da mão muito avermelhada, principalmente nas regiões tenar e hipotenar (músculos da palma da mão), poupando geralmente as partes centrais da palma. O eritema palmar não é um sinal específico de doença do fígado, podendo também ser visto em pacientes com artrite reumatoide, hipotireoidismo e nas grávidas.
Sintomas do fígado 12# – Dor abdominal
A dor abdominal, localizada no quadrante superior direito, é um sintoma comum das doenças do fígado, principalmente nas hepatites agudas. Ela geralmente ocorre por aumento do tamanho do fígado, que provoca esgarçamento da cápsula hepática, uma espécie de capa que recobre todo o fígado.
É preciso notar que dor na região do fígado também pode ser provocada por várias outras condições, incluindo problemas na vesícula, vias biliares, base do pulmão direito e até lesões nas costelas ou na musculatura abdominal.

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O QUE É A RESSACA?

Fonte mdsaude
O álcool é uma das drogas mais consumidas em todo o mundo. Os mais recentes dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que cerca de 30% dos homens e 10% das mulheres no Brasil consomem álcool em excesso pelo menos uma vez por semana. Além disso, quase 80% dos jovens referem consumir bebidas alcoólicas regularmente.
Para entender a ressaca é preciso antes saber por que ficamos bêbados e quais os efeitos do excesso de álcool no organismo. Portanto, antes de falarmos propriamente da ressaca, vamos revisar o que acontece com álcool após o mesmo ser ingerido.

Como o álcool é metabolizado no organismo?

Quando comemos ou bebemos uma substância qualquer, ela passa basicamente por três estágios: digestão, absorção e metabolização pelo fígado. Ou seja, todo alimento que é absorvido pelo trato gastrointestinal obrigatoriamente passa pelo fígado antes de alcançar qualquer outro órgão. Isso vale para alimentos, álcool, remédios, drogas, etc. O fígado é uma espécie de centro de tratamento das substâncias ingeridas. Nada chega à circulação sanguínea central sem antes ter sido processado pelo fígado. O nome desse processo é “metabolização hepática”.

Dentre os vários papeis da metabolização hepática, um deles é inativar substâncias tóxicas que tenham sido ingeridas, como álcool (etanol), por exemplo.

Bebidas alcoólicas

Na verdade, o processo de metabolização hepática do álcool  é curioso, pois, como o fígado humano não produz uma enzima que neutralize diretamente o álcool, ele primeiro o transforma em acetaldeído, e só depois em ácido acético, que é um metabólico não ativo e não tóxico. Aqui surgem dois problemas, o primeiro é que o acetaldeído é uma substância mais tóxica que o próprio álcool; o segundo é que o acetaldeído só é inativado em ácido acético após uma segunda passagem pelo fígado.
Resumindo, consumimos álcool, mas antes do mesmo chegar à circulação sanguínea central, o fígado o transforma em acetaldeído, uma substância ainda mais tóxica. Só depois de rodar todo o organismo e retornar ao fígado é que finalmente o álcool ingerido (agora sob a forma de acetaldeído) consegue se inativado para a forma do inócuo ácido acético.
Após bebermos álcool, o resultado final é o seguinte: 92% do etanol ingerido é metabolizado e inativado pelo fígado, 3% é eliminado na urina, 5% é eliminado pelos pulmões na respiração (daí o teste do bafômetro) e menos de 1% sai na pele através do suor.
Obs: O acetaldeído é um carcinogênico (substância que causa câncer) e pode levar à lesão do fígado se a exposição for frequente e prolongada.

Por que ficamos bêbados?

Bom, até aqui já aprendemos que o álcool, que é uma substância tóxica, após ser ingerido é transformado em um outro elemento ainda mais tóxico antes de circular por todo o corpo. Mas o problema não termina aí. A absorção do álcool pelos intestinos é muito mais rápida do que a capacidade do fígado de metabolizá-lo. O fígado só consegue metabolizar o equivalente a 10 gramas de álcool por hora, o que é menos que uma 1 taça de vinho ou 300 ml de cerveja, que possuem cerca de 12 gramas de álcool. Portanto, se tomarmos o equivalente a 5 taças de vinho, o corpo vai demorar, em média, 6 horas para eliminar todo esse volume. Isso significa que após um consumo exagerado de álcool, por várias horas nosso organismo vai ter que lidar com duas substâncias altamente tóxicas circulando no sangue: álcool e acetaldeído.
Quando estamos de estômago cheio, a absorção de etanol fica mais lenta, dando mais tempo ao fígado para metabolizar o álcool que chega. Por isso, a intoxicação por etanol é mais intensa quando bebemos em jejum. Bebidas alcoólicas gasosas são absorvidas mais lentamente e alimentos ricos em proteínas ou em açúcar reduzem a absorção do álcool.
O álcool age em todo organismo, mas os seus efeitos mais visíveis são no cérebro, principalmente durante uma intoxicação aguda. Em pequenas quantidades, o álcool tem ação estimulante, levando à euforia, desinibição e maior interação social. Pequenas doses já afetam a coordenação motora e a capacidade de concentração. Conforme o nível de álcool se eleva, a capacidade de julgamento fica alterada e surgem os comentários e as ações impróprias. Doses maiores de álcool e acetaldeído na circulação intoxicam os neurônios, levando à inibição do funcionamento do sistema nervoso. Conforme a concentração sanguínea se eleva, o paciente vai passando pelas seguintes fases: letargia, sonolência, redução do nível de consciência, coma e, eventualmente, morte.
Portanto, estar bêbado significa estar com os neurônios intoxicados por álcool (e acetaldeído). Os sintomas da bebedeira duram até o fígado conseguir neutralizar todo o álcool e o acetaldeído que circulam no sangue, o que já vimos que pode levar horas.

O que é a ressaca?

A noite acabou e você se depara com luz do sol ardendo nos seus olhos. A boca está seca e com gosto amargo. Você tenta se levantar e nota ainda uma tontura residual e uma fraqueza nas pernas. Neste momento, você repara que uma terrível dor de cabeça lhe atormenta. Como se não bastasse, ainda há um mal estar terrível e uma náusea que só não provoca vômitos porque o seu estômago está completamente vazio. Você corre para o banheiro e nota que está com diarreia, mas as fezes têm um cheiro diferente do habitual. Parece cheiro de … álcool. Sua mente está um nevoeiro e os detalhes da festa da noite passada são apenas flashes. Isso lhe soa familiar?
Pois isso é nada mais do que os sintomas da ressaca, o resultado final de horas de exposição a substâncias tóxicas. Na verdade, a ressaca habitualmente surge quando o nível de álcool no sangue já está bem baixo, quase zero, após intenso trabalho de limpeza feito pelo fígado.
A ressaca parece ocorrer basicamente por três motivos:
1) Intoxicação pelo acetaldeído.
2) Queda da glicose sanguínea (hipoglicemia).
3) Desidratação.
1) O acetaldeído chega a ser até 30 vezes mais tóxico às células do que o etanol. No caso de um consumo exagerado de álcool pode haver presença deste metabólito tóxico na circulação ainda por várias horas após o indivíduo ter parado de beber. Grande parte do mal estar da ressaca é por consequência da exposição prolongada das células ao acetaldeído, o que provoca uma espécie de inflamação generalizada do organismo. Além disso, os neurônios ficam intoxicados, o que atrapalha o estabelecimento de um padrão adequado de sono. O sujeito fica sonolento, mas a qualidade do seu sono é ruim, mantendo-o cansado.
2) O processo de metabolização do etanol envolve vias enzimáticas do fígado que também participam da produção de glicose, principalmente em períodos de jejum. Como essa enzimas estão ocupadas metabolizando o etanol, temos uma queda no nível de glicose para o cérebro e outras regiões do organismo. Daí surgem os sintomas de fraqueza e mal-estar.
3) Um dos efeitos adversos do etanol no cérebro é inativar a produção de um hormônio chamado ADH (hormônio antidiurético). Os rins filtram em média 180 litros de sangue (água) por dia. Graças ao hormônio ADH, destes 180 litros filtrados, urinamos apenas 1 ou 2 por dia. O ADH é um dos principais mecanismos de controle da quantidade de água corporal. Quando ele é inibido, toda água que passa pelos rins acaba sendo eliminada na urina. Por isso, alguns minutos após o ingestão de álcool, começamos a urinar o tempo todo. Já reparou como é clara a urina após consumo de bebidas alcoólicas? Isso ocorre porque neste momento sua urina é basicamente água pura. Esse efeito diurético leva à desidratação, que causa os sintomas de boca seca, sede, dor de cabeça, irritação e câimbras.
O ADH só volta a ser produzido pelo sistema nervoso central quando os níveis de álcool tornam-se baixos, geralmente após horas de eliminação excessiva de água.

Como evitar a ressaca?

A resposta óbvia é: não beba. Mas imagino que não seja isso que você está querendo saber.
O risco de ressaca é maior quando há um consumo de pelo menos 4 taças de vinho ou 4 latas de cerveja (ou o equivalente em álcool de qualquer outra bebida) no intervalo de 2 horas. Está é uma quantidade de álcool consumido acima da capacidade de metabolização hepática, promovendo grande liberação de acetaldeído para a corrente sanguínea.
Como já dito, beber mais devagar e depois de ingerir alimentos ricos em proteínas e carboidratos diminui a velocidade de absorção de álcool pelos intestinos, dando tempo para o fígado metabolizar o álcool que vai sendo consumido. O ideal é comer antes de começar a beber. Depois de bêbado, o álcool já foi todo absorvido, comer só vai aumentar o risco de você vomitar. Todavia, nada impede que você belisque durante a festa enquanto bebe, pois isso ajuda a retardar a absorção do álcool.
Beber muita água antes, durante e depois da festa talvez seja a melhor dica. Toda vez que você for ao banheiro urinar, beba algo não alcoólico, seja água, suco ou refrigerantes (com açúcar de preferência).
Curiosamente, bebidas mais escuras – como uísque, vinho tinto, tequila (que não é tão escura) e conhaque – geralmente causam ressacas piores do que o vinho branco, cerveja ou bebidas claras, como vodca ou gim. Porém, isso de modo algum significa que cerveja ou vodca não provoquem ressaca.
Tomar medicamentos anti-ressaca, como Engov, antes de beber tem pouco fundamento científico. São drogas que misturam substâncias contra náuseas, analgésicos e cafeína, tentando amenizar alguns dos sintomas da ressaca. O problema é que o seu efeito já não é tão grande muitas horas depois de tomado, e alguns deles ainda contêm anti-inflamatórios ou aspirina, que são substâncias que irritam o estômago. O Engov (ou similares) não age sobre a desidratação, sobre a hipoglicemia, nem sobre a irritação que o acetaldeído provoca nas células.
Além de não funcionarem bem como prevenção da ressaca, esses medicamentos ainda podem estimular o indivíduo a beber mais, pois o mesmo passa a achar que está protegido contra os efeitos maléficos de um consumo exagerado de álcool.

Como curar a ressaca?

Beba muitos líquidos ao acordar. A não ser que você esteja habituado a beber café de manhã, o ideal é evitá-lo, pois a cafeína também é um diurético. Água e sucos são o ideal. Isotônicos (tipo Gatorade) também podem ser usados.
Não existe remédio que cure ressaca nem que acelere o metabolismo do etanol. De nada adianta banho frio, café, chás, produtos com cheiro forte ou qualquer outra medicação caseira. O importante é hidratação, carboidratos e bastante repouso. Habitualmente, a ressaca melhora até o final do dia.

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